quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

UM BELO LIVRO




Atarefado com avaliações ex-ante de Programas Operacionais 2014-2020 e farto de eixos prioritários, prioridades de investimento, cadeias de programação, coerências, metas e toda uma parnefália de terminologias do tipo, alinho com o meu colega de blogue e encontro refúgio por algum tempo num belo livro: Eduardo Lourenço – A História é a Suprema Ficção (entrevista de José Jorge Letria a Eduardo Lourenço) da Guerra &Paz.
Dois simples excertos não redigidos pelo próprio, mas por gente que sobre ele se pronuncia ao longo do opúsculo.
Da carta de afeto de José Jorge Letria a Eduardo Lourenço quatro singelas primeiras linhas:
“Há um homem que traz consigo a densa sabedoria da terra
e que, por isso, foi talhado para falar com as estrelas
como se desafiasse um país soturno e cabisbaixo
a tornar-se grande somente naquilo em que crê”.
De Almeida Faria:
“Nada escapa ao bisturi dessa extraordinária máquina analítica que Lourenço põe a funcionar para nosso prazer e desprazer dos míopes, dos cínicos, dos mal-intencionados militantes, dos bem-intencionados diletantes de que o inferno doméstico deve estar cheio. País de doutores e de amadores, a incompetência destes e a auto-suficiência daqueles depressa arranjou uma etiqueta mágica para classificar gente como Lourenço: “estrangeirado”.

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