Bessa disse à Renascença que convive muito mal com situações em que alguém queira o seu lugar e faça tudo para “desgastar o artista”. E também que lhe parece um exagero o peso do CDS no movimento “O nosso partido é o Porto”, que serviu de suporte à eleição de Rui Moreira. Em resposta, o PSD e o CDS vieram instá-lo a revelar a verdade, insinuando que esta estaria no facto de ser o PS o atual mandante na Câmara. Mas o CDS foi ainda mais longe ao acusá-lo de abandonar a Cidade para se colocar ao lado do Governo do país, o qual resulta de uma coligação partidária em que participa ativamente e onde o seu líder é vice-primeiro-ministro. Tudo isto a somar à consabida polémica dos fundos comunitários entre Moreira e a dupla Poiares Maduro-Castro Almeida, com Bessa vagamente atravessado pelo meio. Um assunto praticamente indecifrável a que a "Sábado" até já dedicou um quiz!
A dita ininteligibilidade do tema não é de lamentar por ele ter grande importância em si mesmo mas sim porque ele é bem sintomático do como se passam as coisas neste nosso ajardinado paízeco à beira-mar plantado. Muitos egos que prevalecem sobre os compromissos, inúmeros compromissos que se assumem sem qualquer cuidado e rigor, imensos princípios que se deixam em dominante situação de pousio, tantos militantes partidários que sempre espreitam a oportunidade de se atirarem ao que mexa e remunere, alguns independentes que dependem de quase tudo menos daquilo de que se apresentam reclamantes. Uma pessoa, um movimento, uma candidatura, um poder em exercício...
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