Cavalgando a discussão política do momento em Portugal – triste país! –, o “Correio da Manhã” mandou fazer uma sondagem sobre os melhores possíveis cabeças de lista do PS e do PSD/CDS nas próximas eleições europeias. Ao que sugerem os ruídos sussurrantes vindos da São Caetano à Lapa e do Largo do Caldas, seriam duas as absolutas inexistências (Fernando Ruas e Luís Montenegro) que poderiam vir a constituir-se como alternativa a Paulo Rangel, um eurodeputado com experiência e um docente universitário com pensamento (goste-se ou não se goste do estilo e da essência da conversa). Quanto ao Largo do Rato, Assis e Belém parecem disputar taco-a-taco a nomeação segurista (ou securitária?), enquanto se vai desgastando ou descartando gente boa e preparada (como Sampaio da Nóvoa e tantos outros) em processos de vergonhoso mau gosto, refinada incompetência e tresloucada ambição. Moral da história: aqueles que, no seio desta gente, se resignam a um mero papel de idiotas úteis ainda não perceberam que o mais importante é, neste caso, ajudar à salvação do País construindo e consolidando um discurso e uma prática sólidos, realistas e eficazes sobre a Europa em que estamos metidos?
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