terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

OS CQEP



Foi conhecida a vontade da atual maioria de desmontar toda a máquina administrativa e de conceção da Iniciativa Novas Oportunidades (INO), que foi bandeira do governo Sócrates. Não é meu objetivo discutir essa posição da maioria, pode dizer-se que lhe assistia esse direito. Tinha a perceção de que a INO, a partir do momento em que passou a envolver públicos mais complexos, com menor capacidade de explicitação de competências a certificar escolar e profissionalmente e que a certificação profissional começou a patinar, entraria numa fase de rendimentos decrescentes. Nessa fase seria cada vez mais difícil conjugar a satisfação elevada junto dos candidatos aprovados na certificação escolar com a manutenção de rigor no processo. Haveria por certo de proceder à revisão do sistema.
Mas o problema é que tal como noutros domínios, a atual maioria destrói, confronta-se com a sua própria incapacidade e demora tanto tempo a elaborar alternativas que, quando quer reatar os processos, debate-se com a destruição de universos anteriores e tem de partir do zero. Mais uma ilustração da estratégia do vazio em que o ministério de Crato tem sido exímio.
Ora eis que as Novas Oportunidades reaparecem, provavelmente partindo do zero.
Por curiosidade, o post abre com o folheto comunicacional que anuncia tal regresso e não posso deixar de me fixar na linguagem comunicacional:
“ Se para ti informação …
é nas redes sociais;
orientação … no GPS;
qualificação … no futebol;
ESTÁS OUT! Liga-te!
CQEP – Centros para a Qualificação e o Ensino Profissional.
Projete o seu Futuro!”
Palavras, para quê? É um governo português e a linguagem comunicacional diz muito!

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