O termo em título (déseurope) vem de Edgar Morin. E é oportunamente utilizado para encerrar um interessante e assustador texto de Alain Salles no “Le Monde” em que o autor sustenta quanto a cegueira que conduziu à Primeira Guerra Mundial deveria aclarar os erros dos governos do século XXI. Fá-lo a partir de um livro do historiador Christopher Clark (“Les Somnambules de XXIe siècle”) sobre as origens daquela absurda e terrível catástrofe europeia que abriu o século XX, uma obra que aliás, ao que parece, teria mesmo inspirado uma afirmação de Merkel (“eles falharam todos e isso conduziu à primeira guerra mundial”) no tempestuoso Conselho Europeu de 19 de dezembro de 2013. E, para os mais renitentes ou inveterados otimistas, aí ficam uns excertos inspirados em 1914 mas nada descartáveis de aplicação aos dias que correm – como bem diria o meu amigo António Figueiredo, “a História, sempre a História”...
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