(Simanca, http://atarde.uol.com.br)
É de uma gravidade extrema o que vai ocorrendo pelas bandas do Brasil. Destaque mais mediático para os chamados “mensalão” e “petrolão”, com múltiplas variações a propósito ou à margem. Mas é de uma atropelada e impiedosa sucessão de episódios de corrupção que se trata, envolvendo já demasiada gente de inúmeras atividades e procedências – em especial, grandes e conhecidos empresários e responsáveis e ex-responsáveis políticos ao mais alto nível –, de um escândalo que não tem paralelo na história do país e chega a um ponto de enormidade de difícil comparabilidade internacional em sociedades ocidentais organizadas.
Mais acima, as capas de algumas das últimas edições da “Veja” – cuja radicalização conservadora, e sobretudo contra o PT, só agora começa a ganhar um certo sentido – e, logo abaixo, algumas páginas interiores mais impressionantemente notáveis. Com indicações claras de que a situação se abeira do “penúltimo degrau” e de que Lula e Dilma “estão cada vez mais perto” de serem diretamente envolvidos.
No caso do outrora idolatrado ex-presidente, as duas páginas de revista seguidamente reproduzidas dão conta de que podem ter valido cumplicidades de todo o tipo, quer com melhores amigos feitos consultores de negócios nem sempre canónicos (José Dirceu como expoente máximo) quer com ex-inimigos figadais transformados em comparsas da ocasião que faz o ladrão (o convertido Collor no esquema, com Ferraris, Lamborghinis e um Rolls-Royce à mistura). Havia mesmo necessidade de ter feito de um grupo político que foi portador de esperança algo próximo de uma “associação criminosa”?
O sismo também já vai tendo réplicas por cá, terrinha onde à escala já abundam “abridores” ajeitados; mas nada aponta para que estes tenham chegado a ver mais do que trocos em lides que são contas de um rosário que ainda está bem longe de estar rezado...
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