quarta-feira, 8 de julho de 2015

RETOMANDO TSIPRAS


Volto ao meu último e interrompido post. Pois Tsipras lá deu a sua resposta aos eurodeputados que longamente o tinham interpelado. E foi curto e claro nas principais linhas que quis deixar traçadas, a saber: que o governo grego há muito apresentara um documento de 47 páginas com a sua proposta, que cabe a um governo legítimo a escolha de como se deve distribuir a carga fiscal entre os seus cidadãos, que não tem qualquer hidden plan, que apresentará uma proposta atualizada amanhã e que espera menos secretismo e mais transparência na sua discussão (incluindo um papel mais ativo do Parlamento Europeu). Ao trauliteiro Manfred Weber dirigiu umas frases simples, evocando precisamente a “incomodidade da história” a que hoje se refere o meu companheiro de blogue – e disse-lhe, olhos nos olhos, que o perdão de 60% da dívida alemã na Conferência de Londres de 1953 terá sido certamente a maior expressão de solidariedade alguma vez dada na Europa. Logo por coincidência, visitara eu ontem o único campo de concentração nazi que está atualmente em território francês: Le Struthof, ao tempo Natzwiller. Ah, e Tsipras terminou a sua alocução indicando a preferência e a esperança que deposita na palavra “Justiça”...

Sem comentários:

Enviar um comentário