sexta-feira, 3 de julho de 2015

AMAZING GRACE




(Sim, a política ainda vale a pena)

Tempos de lazer, logo tempos de revisão de coisas relevantes que o stresse dos dias impede de fruir com a devoção que elas exigem.

O discurso de OBAMA na cerimónia de elogio fúnebre do Reverendo Clementa Pinckney e de outras vítimas no atentado de Charleston é daqueles momentos que nos faz reencontrar com a política e a capacidade de risco de uma liderança, de cujo tipo já não estamos nem crentes nem habituados.

Se tiverem a calma e a paz necessárias para os cerca de 37 minutos da alocução de Obama verão que serão retribuídos. Caso contrário projetem-se no minuto 35º e unam-se ao Amazing Grace entoado inicialmente por Obama, numa união profunda com as vítimas de tragédia tão infame e com toda a Emanuel African Methodist Episcopal Church.

Se forem mais críticos e gostarem de uma discussão mais profunda sobre o significado do ato, então vejam por exemplo a cobertura de James Fallow para a revista Atlantic. De todo esse material respigo o seguinte testemunho:

A primeira coisa que disse para mim próprio através das lágrimas enquanto cantava era de que oxalá a minha Mãe estivesse viva para ver este momento. O NOSSO Presidente finalmente permitiu-se a si próprio ser Preto. A profunda negritude tão odiada pelo assassino estava a ser Celebrada e Venerada. Vitória!

Que bonita e profunda maneira de encerrar um mandato. Dispenso-me de comparações.

Sem comentários:

Enviar um comentário