(Sim, a política ainda vale a pena)
Tempos de lazer, logo tempos de revisão de coisas relevantes que o stresse
dos dias impede de fruir com a devoção que elas exigem.
O discurso de OBAMA na cerimónia de elogio fúnebre do Reverendo Clementa Pinckney e de outras vítimas no atentado de Charleston é daqueles momentos que
nos faz reencontrar com a política e a capacidade de risco de uma liderança, de
cujo tipo já não estamos nem crentes nem habituados.
Se tiverem a calma e a
paz necessárias para os cerca de 37 minutos da alocução de Obama verão que serão
retribuídos. Caso contrário projetem-se no minuto 35º e unam-se ao Amazing Grace entoado inicialmente por
Obama, numa união profunda com as vítimas de tragédia tão infame e com toda a Emanuel African Methodist Episcopal Church.
Se forem mais críticos e
gostarem de uma discussão mais profunda sobre o significado do ato, então vejam
por exemplo a cobertura de James Fallow para a revista Atlantic. De todo esse material
respigo o seguinte testemunho:
“A primeira coisa que disse
para mim próprio através das lágrimas enquanto cantava era de que oxalá a minha
Mãe estivesse viva para ver este momento. O NOSSO Presidente finalmente permitiu-se
a si próprio ser Preto. A profunda negritude tão odiada pelo assassino estava a
ser Celebrada e Venerada. Vitória!”
Que bonita e profunda maneira de encerrar um mandato. Dispenso-me de
comparações.
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