(António Jorge Gonçalves, Toon, http://inimigo.publico.pt)
De facto, não posso mesmo crer que o cálculo político possa ir ao ponto de levar António Costa a roer a corda a António Sampaio da Nóvoa com uma naturalidade igual à que o levou a favorecer o lançamento da sua candidatura presidencial. Assistindo com agrado aos apoios de Soares, Sampaio e Eanes, abençoando outros de barões e apaniguados, sinalizando uma aproximação inequívoca através de peões seus. Eu sei que há um PS para aturar – entre a cegueira partidária, figuras amigas como Sérgio Sousa Pinto e a férrea vontade de Maria de Belém – e sei também que a situação não está fácil e que a vitória nas legislativas se tornou a prioridade das prioridades, mas ainda assim quero acreditar que a palavra de Costa conta, que Nóvoa só é névoa enquanto Costa não se decidir, que o fechamento partidário em nada aproveita a Costa em termos líquidos e que a esquerda remuneraria Costa (legislativamente falando). Infelizmente, porém, não há fumo sem fogo...
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