Já faz um tempinho que aqui não trazia um desses gráficos sugestivos com que gosto de realçar alguns argumentos. O de hoje é muito esclarecedor quanto a uma relevante dimensão da duradoura crise financeira grega. Com efeito, veja-se a comparação entre a exposição bancária à dívida grega em março de 2010 (ou seja, AR = antes dos resgates ocorridos) e em finais de 2014 (ou seja, DR = depois dos resgates ocorridos) e aceite-se em conformidade a alta probabilidade de a preservação dos interesses dos bancos franceses e alemães (expostos à Grécia em mais de 80 mil milhões de euros no primeiro trimestre de 2010) ter certamente tido muito a ver com a definição de prioridades, as opções concretas e o protelamento dos tempos que foram sendo observados na gestão política da matéria em apreço. O que não ilude a marcada expressão dos fervores ideológicos e as bestialidades que em larga escala também se lhes juntaram...
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