(Quando o traço negro e rigoroso de El Roto se
associa ao ideário deste blogue)
O INTERESSE
PRIVADO, AÇÃO PÚBLICA tem na sua matriz constitutiva o tema das profundas
alterações entre o público e o privado, marcando indelevelmente toda a
reformulação da ação política nos próximos tempos.
A justeza da vinheta de hoje de El Roto no El País faz com que o autor
fique também associado ao ideário de pensamento político deste blogue, situando
no seu traço sombrio a alegoria moderna das divisões entre o público e o
privado.
O relatório do Tribunal de Contas sobre as privatizações da EDP e da REN
mostra à exaustão como a alegoria de El Roto está plena de razoabilidade. O
relatório mostra como houve gente a trabalhar para as duas partes, recolhendo
provavelmente louvores de um lado e auferindo chorudas remunerações do outro. Diz
– me a intuição que conseguiram melhor, recebendo também chorudas remunerações
do lado público e preparando mesmo assim o campo à sua intervenção do outro
lado. Genial, não? E estou certo de que se perscrutássemos um pouco mais aprofundadamente
no Parlamento encontraríamos também a alegoria de El Roto a adiar qualquer solução
rigorosa de controlo das incompatibilidades.
Por conseguinte, a partir de hoje El Roto faz parte do passado matricial do
INTERESSE PRIVADO, AÇÃO PÚBLICA.
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