quarta-feira, 1 de julho de 2015

O PRESIDENTE DA SUBTRAÇÃO




(Resta-me a consolação de nunca nele ter votado)

Cada País terá provavelmente o Presidente que merece ou, pelo menos, que consegue eleger.

Poderíamos ter um Presidente especializado na adição, na multiplicação e até na exponenciação. Mas não. Calhou-nos na rifa um especializado na subtração. E isso não pode deixar de ser uma metáfora do estado das coisas em que se encontra a economia portuguesa, pois o empobrecimento global sugere a subtração.

Aníbal, do topo da sua cátedra, pensando talvez que por essa via está a incutir alguma confiança aos Portugueses, decretou que o Euro pode ser a 18, porque não? Ora o momento era uma excelente oportunidade para realizar pedagogia cívica e europeia junto dos Portugueses, alertando-os para a indissociabilidade do nosso destino face aos desatinos que têm dominado a cena política junto das instituições comunitárias. Mas não optou por desvalorizar o momento atual.

O Presidente hoje não adiciona, não multiplica, não exponencia. Subtrai e divide. O que ficará na história política da democracia em Portugal como o maior exemplo de penosidade de fecho de um mandato político.

Que a Praia da Coelha o acolha com o maior conforto possível.

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