Não houve surpresas nos dois principais happenings políticos do dia de ontem já terminado pela madrugada no Largo do Rato (acima em fotografia, abaixo em ilustração). Ou, se preferirem uma leitura um pouco mais rigorosa, as potenciais surpresas ficaram escondidas nas entrelinhas dos textos e declarações e encobertas pelos meandros das encenações preparadas. E assim, para os devidos efeitos, as três/quatro forças políticas de esquerda envolvidas neste sinuoso e complexo processo não deixarão, todas, de votar contra o governo de Passos e Portas na Terça-Feira e de ir depois dizer a Cavaco, novamente todas, que têm acordos entre si capazes de viabilizar um governo e de o suportar subsequentemente “na perspetiva de uma legislatura” – sabendo-se, ça va sans dire, que toda e qualquer realidade é dinâmica...
Teremos agora dois patéticos dias no Parlamento, dias que quase certamente se saldarão pelo reenvio da “batata quente” para o Presidente da República. Veremos então o que vai inventar desta vez o grande arauto da estabilidade e dos superiores interesses da Nação. Sob a égide de uma Maria cujo papel espiritual nem sempre sabemos valorizar devidamente, mas que está sempre vigilante e a zelar por nós...
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