sábado, 21 de novembro de 2015

PARA MEMÓRIA FUTURA




(Um gráfico de Krugman que deve perdurar na nossa memória futura)

O gráfico que abre este post, de autoria de Paul Krugman, deve ser assinalado como elemento para memória futura, pois apresenta a falência das teses da austeridade expansionista. A economia cresceria apesar da consolidação fiscal por via do mágico princípio da confiança dos mercados na consolidação das contas públicas.

Krugman define duas variáveis não propriamente correntes para medir a intensidade da austeridade e os seus efeitos. No primeiro caso, a intensidade da austeridade é medida pelo défice primário (sem juros) do Estado corrigido ciclicamente em percentagem do PIB. Quanto aos efeitos, Krugman constrói uma medida curiosa através dos desvios do produto real quando comparados com os valores previstos para esse mesmo produto. Os números respeitam a um período já relativamente largo, 2007-2015, o que constitui evidência bem representativa.

A interpretação é linear. Quando maior foi o esforço fiscal maior o desvio face às previsões, neste caso desvios negativos. O efeito multiplicador fiscal em todo o seu esplendor, neste caso no sentido descendente, emerge neste gráfico mostrando bem a conversa da treta em que parte do mundo e a Europa estiveram envolvidos. E a situação de Portugal é bem evidente.

Simplesmente para memória futura.

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