(Um gráfico
de Krugman que deve perdurar na nossa memória futura)
O gráfico que abre este post, de autoria de Paul Krugman, deve ser assinalado como elemento para memória futura, pois apresenta a
falência das teses da austeridade expansionista. A economia cresceria apesar da
consolidação fiscal por via do mágico princípio da confiança dos mercados na
consolidação das contas públicas.
Krugman define duas variáveis não propriamente correntes para
medir a intensidade da austeridade e os seus efeitos. No primeiro caso, a intensidade
da austeridade é medida pelo défice primário (sem juros) do Estado corrigido ciclicamente
em percentagem do PIB. Quanto aos efeitos, Krugman constrói uma medida curiosa através
dos desvios do produto real quando comparados com os valores previstos para
esse mesmo produto. Os números respeitam a um período já relativamente largo,
2007-2015, o que constitui evidência bem representativa.
A interpretação é linear. Quando maior foi o esforço
fiscal maior o desvio face às previsões, neste caso desvios negativos. O efeito
multiplicador fiscal em todo o seu esplendor, neste caso no sentido descendente,
emerge neste gráfico mostrando bem a conversa da treta em que parte do mundo e a
Europa estiveram envolvidos. E a situação de Portugal é bem evidente.
Simplesmente para memória futura.
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