Esta noite ouvi o diretor do DN, André Macedo, a interrogar-se pertinentemente sobre se Cavaco estará a jogar às escondidas ou à cabra-cega. E, de facto, aquele Cavaco que tanto se declarava preocupado com a difícil/dramática situação do País deu lugar a um Silva feliz e contente em inadiável e descontraída visita à Madeira na sempre insubstituível companhia da sua Maria. Sugerindo, entre o sorridente e o irónico, que se investigue sobre o passado de acordo com os seguintes termos de referência: “nos dois casos de crises anteriores que aconteceram, um foi em 1987 e um em 2009, quantos dias esteve o governo em gestão, o que é que fez o Presidente da República de então e quais foram as medidas importantes que esse governo de gestão teve que tomar”. E, explicando que ele próprio já esteve cinco meses em gestão – e tão bem que fez que não deixou de ser o figurão que é, acrescento eu –, lá foi ainda dizendo que tem de “recolher o máximo de informação junto daqueles que conhecem a realidade social, económica e financeira portuguesa para dar indicações ao poder político português, qualquer que ele seja” – só espero que não se esqueça de ouvir também os sacrossantos mercados! Estou com o meu colega de blogue quando diz que lhe começa a cheirar a esturro, mas convenhamos que pode muito bem ser bluff para captar as atenções naquela lógica que o Herman consagrou sob a feliz expressão de “eu é que sou o presidente da Junta”. De toda a maneira, um monstro que continua a infernizar Portugal em nome de Si...
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