segunda-feira, 9 de novembro de 2015

OS CONSTITUINTES DO QE


Referíamo-nos há uns posts atrás ao estranho fenómeno das taxas de juro negativas. Uma anormalidade que tem especial incidência na Europa (são europeus 12 dos 13 países que ostentam atualmente aquelas remunerações abaixo de zero, incluindo países com gigantescos níveis de dívida pública como a Itália). Mas a realidade é que, após anos de intervenções dos bancos centrais no sentido de estimulação à economia (quantitative easing, QE) que já conduziram à compra de cerca de 12 biliões de ativos a taxas de juro negativas na Europa e próximas de zero nos Estados Unidos (na infografia acima, os chamados “constituintes do QE”, i.e., uma síntese dos valores acumulados das compras líquidas mensais de obrigações governamentais feitas pelo BCE até final de outubro passado), tudo leva a crer que o BCE vai prosseguir e reforçar essa linha. Embora valha também a pena recordar, até para reforçar o tal lado estranho destes dias que a(s) economia(s) vai(vão) vivendo, que quando os programas de QE foram experimentalmente iniciados pelos bancos centrais era explicado que as taxas de juro já tinham sofrido cortes para níveis próximos de zero e não tinham mais por onde evoluir...

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