quarta-feira, 25 de novembro de 2015

A EUROPA E A IMIGRAÇÃO


Martin Sandbu recorreu recentemente às últimas estatísticas populacionais publicadas pelo Eurostat para reforçar a ideia de que a entrada extraordinária de um importante número de refugiados (um milhão, refere) não deveria ser encarada como tendo grande impacto numa União Europeia (UE) com quase 507 milhões de habitantes. Nessa mesma lógica, explica que os 1,375 milhões de imigrantes de fora da UE que foram registados em 2013 por solicitação de residência num dos 28 apenas equivaleram a qualquer coisa como 0,27% da população já instalada (com sete países – Alemanha, Reino Unido, Itália, Espanha, França, Suécia e Polónia, por ordem decrescente – a receberem mais de 80% daquele total).

Mas mais relevante ainda é a chamada de atenção para o facto de a referida corrente imigratória apresentar um forte enviesamento em favor de pessoas em idade ativa (ver pirâmides no gráfico acima), o que lhe permite concluir que possa esperar-se com toda a razoabilidade que o influxo de refugiados contribua simultaneamente para estimular positivamente a despesa e o mercado de trabalho. Ou seja, que ela possa revelar-se economicamente benéfica para uma Europa tão limitada por insuficiências de procura no curto prazo e debilidades demográficas e de oferta no longo prazo. Para devida conta e registo...

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