Depois de dois dias tempestuosos, o dia de ontem foi por cá de quase bonança. Ainda assim com algumas ligeiras escaramuças no Parlamento, entre os líderes parlamentares do PSD e do CDS a esbracejar/protestar um pouco por todo o lado, quais baratas tontas, e Paula Teixeira de Cruz a tentar mostrar os seus democráticos dentes ao presidente Ferro Rodrigues. Mas, no essencial, viveu-se uma espécie de “pessangas”, como se diz na minha terra.
Entretanto, e lá por fora, abundaram as notícias sobre Portugal. Umas mais rigorosas do que outras, umas mais simpáticas do que outras, umas mais paniquentas do que outras. Limito-me a registar aquela que mais me impressionou, na medida em que vinda diretamente de Atenas. Nela era ilustrativamente patente a aflição de Passos naquela tarde parlamentar em que foi democraticamente apeado do poder, mas o resto estava escrito em grego e não era assim suscetível de ser tirado inteiramente a limpo – ainda assim, posso antecipadamente garantir que não só nela se falava de Portugal (Πορτογαλία) e de Bruxelas (Βρυξέλλες) como se referenciavam Pedro Passos Coelho (Πέδρο Πάσος Κοέλιο) e António Costa (Αντόνιο Κόστα), mais que nada se dizia que apontasse para um provocatório arremedo de nos estarmos a aproximar deles, ou seja, dessa odiosa Grécia (Ελλάδα)…
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