terça-feira, 24 de novembro de 2015

A ÚLTIMA DOS TROIKANOS




Marco António e Nuno Magalhães já vieram fazer as despedidas do PSD e do CDS de um poder de que dispuseram durante mais de quatro anos e de que usaram e abusaram de modo tão incompetente, ideológico e insensível quanto internamente divisor dos portugueses e externamente serviçal em relação aos senhores da Europa. No termo da mais lamentável, destrutiva e triste das legislaturas que a democracia portuguesa já conheceu, ficará para sempre por esclarecer a fraturante questão de quem chamou afinal a Troika – a política de endividamento excessivo de Sócrates e Teixeira dos Santos, segundo uns, ou o chumbo do PEC 4, segundo os outros –, mas de uma coisa ninguém duvida por esse País fora (honra seja feita à chamada “coligação”!): os homens de cinzento escuro que nos visitavam vindos de Bruxelas, Frankfurt ou Washington eram uns meninos de coro quando comparados com o desapiedado vozeirão de Passos, os estupidificantes trocadilhos linguísticos de Portas e as gatadas contas que lhes iam chegando de mãos tão diferentes quanto igualmente geladas como as do professor Gaspar e da mestre Albuquerque. Paz à alma de patriotas desta inqualificável estirpe!

(Hugo Pinto, http://expresso.sapo.pt e R. Reimão e Aníbal F, Elias O Sem Abrigo”, http://www.jn.pt)

(Henrique Monteiro, http://henricartoon.blogs.sapo.pt)

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