Já ninguém ousa contestar que está em curso aquilo que alguns especialistas já designam por uma “grande divergência” entre os principais bancos centrais do mundo. Sendo que, em consequência, o enquadramento macroeconómico global conhecerá alterações de largo espetro e potencialmente impactantes.
O gráfico acima dá conta do que foi a evolução relativa, desde a génese da crise até ao presente, dos yields da dívida pública alemã face aos seus equivalentes associados ao Tesouro americano – dois comportamentos que por si só davam para que gastássemos muitas linhas de tinta, analiticamente falando como é óbvio.
Focando-nos no momento atual, observemos que já se regista um diferencial negativo recorde entre aqueles dois tipos de yields. Ora, o que está hoje absolutamente adquirido é que esse diferencial vai ainda conhecer, nos tempos mais próximos, um notório aprofundamento: com efeito, enquanto a FED (assim como o BoE) já deixou claro ter condições para abrandar/abandonar o pendor expansionista que tem caraterizado a sua política monetária, o BCE (assim como o Banco do Japão) também já explicitou o inverso, i.e., que irá introduzir novos elementos de estímulo expansionista na sua política.
Já agora, e porque este nosso recurso técnico-empírico aos gráficos não é contraditório com alguma valorização da componente estética, junto o gráfico abaixo a título de ilustração especialmente artística da consabida expressão atingida pelo programa de compra de ativos levado a cabo pela instituição dirigida por Mario Draghi no decurso do último ano.
Quanto às novas notícias – aliás de alcance previsível, como acima deixo sublinhado –, elas estão aí à bica. Ano novo, vida nova na economia mundial...
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