domingo, 6 de dezembro de 2015

MUDANÇA EM SERRALVES


O Conselho de Fundadores de Serralves confirmou esta semana o que já se dava por certo: será Ana Pinho a sucessora de Luís Braga da Cruz (e, antes dele, de João Marques Pinto, Teresa Patrício Gouveia e António Gomes de Pinho) à frente do próximo Conselho de Administração da Fundação. Ana vem de uma família com nome empresarialmente estabelecido e juntou-se por casamento (com João Macedo Silva, presidente da RAR) a outra com idênticos pergaminhos, conheci-a vagamente enquanto aluna na FEP, com ela pude conviver um pouco mais durante estes anos em que frequentei por dever consorte as inaugurações e os jantares a elas associados, possui um currículo académico e profissional sólido e dizem-me os que a conhecem melhor em atividade que é estruturada, determinada e eficaz. Daí que só tenha razões para crer que vai correr bem, também contando com a colaboração que lhe vier a ser prestada pelos seus anteriores (Manuel Ferreira da Silva, Vera Pires Coelho e Manuel Cavaleiro Brandão) e novos colegas de administração (porque são vários os que por agora terminam o seu período máximo de “serviço cívico”, incluindo os dois representantes do Estado); e naturalmente só posso formular o voto sincero de que assim venha realmente a ser – afinal, Serralves é hoje uma instituição cuja obra é absolutamente essencial ao equilíbrio quotidiano da Cidade, à consolidação reputacional da sua marca e à expansão do seu cosmopolitismo, ao enfrentamento com sucesso dos desafios associados às suas ambições de desenvolvimento futuro. A tarefa permanece hercúlea, ademais nas persistentes condições de crise que tanto nos atrofiam, mas o cunho pessoal que Ana irá desejável e necessariamente imprimir na gestão do projeto de Serralves não recusará seguramente a decisiva componente de um escrupuloso respeito pelo passado e pela inviolabilidade dos adquiridos...

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