Andei pela Capital, onde quase tudo acontece neste País, e dessa passagem quero aqui deixar um sublinhado para os dois dias em que a Fundação Calouste Gulbenkian voltou a ligar o seu nome ao centro do debate económico internacional e europeu. Nada menos do que uma conferência sobre temas europeus (“A Europa para além da Crise”), comissariada por António Vitorino e dividida em dois grandes momentos (“Que Solidariedade na Diversidade?”, com animação de Enrico Letta, Luuk van Middelaar e Paulo Rangel; “Crise de Legitimidade – que Crescimento Económico e que Coesão Social?”, com animação de Xavier Ragot, Henrik Enderlein e Elisa Ferreira), por um lado, e uma alocução do Prémio Nobel americano Joseph Stiglitz subordinada ao tema “Desigualdade num Mundo Globalizado”, por outro. Voltarei, oportunamente neste espaço, a alguns dos tópicos mais marcantes que estiveram na agenda destas jornadas, ficando-me hoje pelo mero registo dos notáveis acontecimentos e por uma merecida saudação a Artur Santos Silva e à sua equipa.
Termino quase caricaturalmente com uma alusão a Stiglitz que, de entre a muita matéria de reflexão que nos deixou, lá foi também agoirando a respeito da nossa triste realidade quando formulou o seu voto de que os próximos quinze anos disto não sejam da mesma negativa natureza que os péssimos quinze que se escoaram entre a sua última visita e a presente. Um desafio que não estou certo de estarmos coletivamente em condições de enfrentar...
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