(Giannis
Kalaitzis, http://www.efsyn.gr)
Por esta altura do ano, os órgãos de comunicação social um pouco por toda a parte apreciam muito escolher os acontecimentos e as personalidades do ano. Uma das escolhas mais badaladas costuma ser a da revista “Time”, sobretudo pela carga simbólica e histórica que os seus responsáveis conseguiram associar a uma designação que já data de 1927 – e, de facto, a galeria dos “distinguidos” quase permite uma reconstituição significativa da História mundial do último século (veja-se a ilustração imediatamente abaixo).
Este ano, a “Time” nomeou Angela Merkel. Uma designação altamente polémica, embora também razoavelmente compreensível à luz dos critérios que têm sido prevalecentes – pois não foram eleitos Hitler e Estaline, Krushchev e Johnson, Nixon e Reagan, Bush e Putin, entre outros? Mas claro que a Merkel deste ano em que a própria se decidiu por uma ação louvável no acolhimento dos refugiados ainda mais não parece querer representar do que um arremedo de viragem em relação à Merkel da Alemanha austeritária da “Europa alemã” pura e dura e, nesse sentido, talvez fosse justificável que 2015 fosse um daqueles anos de opções mais coletivas, como já aconteceu por diversas e louváveis vezes (veja-se a ilustração mais abaixo, relembrando escolhas como as do “húngaro lutador pela liberdade” em 1956, dos “cientistas americanos” em 1960, dos jovens ou “herdeiros” em 1966, do “computador” em 1982, dos whistleblowers em 2002, de You em 2006, dos “manifestantes” em 2011 ou dos “lutadores contra a Ébola” em 2014).
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