O último Eurobarómetro da Direção-Geral da Migração e dos Assuntos Internos da Comissão Europeia, coordenado pela DG Comunicação e intitulado “Businesses’ attitudes towards corruption in the EU”, integra um manancial de informações úteis para uma adequada compreensão da atual fase da construção europeia e da leitura de descrédito prevalecente em relação às instâncias públicas/políticas nacionais e comunitárias, aspetos nele designadamente centrados nas perspetivas resultantes de inquéritos levados a cabo entre outubro e novembro junto dos seus agentes empresariais dos vários países.
Acima, um gráfico elucidativo (clicar em cima para melhor visualização). Mais de 90% dos empresários de nove países (os italianos são 98%!) afirmam que a corrupção está espalhada pelo seu país, colocando-nos 89% dos portugueses no top ten dos 28 e sendo 16 os países que se classificam acima da média, que se situa em 71%. Ao invés, dos doze países que ficam abaixo da média apenas em cinco as respostas vão no sentido de maioritariamente ser negada a dominância do problema da corrupção (Suécia, Reino Unido, Finlândia, Luxemburgo e a campeoníssima Dinamarca, onde somente 11% encontram sinais do fenómeno). No cômputo geral, portanto, a complexa diversidade europeia surge visivelmente comprovada e são 23 os países em que uma maioria dos empresários vê a corrupção por perto da sua porta – como harmonizar tanta desarmonia?
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