segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

DO DIREITO DE VOTO


(Nicolas Vadot, http://www.levif.be)

Alguns mais otimistas terão tendência a considerar que este foi um importante acontecimento de 2015. E não sou eu que vou desmentir o significado simbólico de as mulheres sauditas terem sido, pela primeira vez neste 2015, autorizadas a votar e a candidatar-se a um escrutínio. Dito isto, também não quereria iludir os dois outros factos conexos, e igualmente sintomáticos, que as imagens acima exploram caricaturalmente: por um lado, o opressivo/repressivo entorno social que permanece associado à efetiva liberdade de tal voto; por outro lado, o visível logro de um processo eleitoral em que estavam em jogo 2100 lugares e apenas 20 resultaram atribuídos a mulheres. De um ou outro modo, aqui fica o incontornável registo.

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