O primeiro-ministro falou esta noite ao País para explicar a sua decisão de vender o Banif ao Santander por 150 milhões de euros (veja-se no quadro abaixo que, só em termos diretos, o Estado Português tinha 825 milhões envolvidos, entre capital e obrigações convertíveis, no referido banco) no quadro de um processo de resolução.
A solução encontrada envolve potencialmente 2255 milhões públicos (sendo 1766 do Estado e o restante proveniente do Fundo de Resolução) e ajuda a pôr definitivamente a nu que verdadeiramente não existiu de todo qualquer “saída limpa” para Portugal, apesar de tão badalada essa ideia ter sido desde maio de 2014 (ver abaixo a capa do Diário Económico de então e uma alusão aos rumores que à época corriam sobre as dúvidas de Cavaco quanto à dita limpeza da saída, dúvidas que aliás o tempo lhe dissipou).
Um outro ponto que também fica claro neste processo é o da irresponsabilidade de Passos, Portas e Albuquerque na (não) gestão que optaram por fazer do dossiê Banif durante o ano eleitoral de 2015.
Quanto a António Costa, e salvo dados supervenientes em sentido contrário, terá feito o que lhe competia e era seu dever de forma rápida, eficiente e corajosa.
(Henrique Monteiro, http://henricartoon.blogs.sapo.pt)
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