quarta-feira, 27 de novembro de 2013

A AUSTERIDADE ACUMULADA E OS SEUS ALVOS




Um muito interessante trabalho do “Jornal de Negócios”, anteontem publicado, mostrava o peso de quatro ano de austeridade sofrida e a sua desigual repartição em claro desfavor das famílias (aumentos de impostos, diretos e indiretos, e cortes de salários e pensões), para além da respetiva dinâmica temporal.

Já ontem e hoje, o “Jornal de Notícias” ajuda a responder ao contra-argumento de Passos segundo o qual a dose de austeridade aplicada na Irlanda terá sido maior do que por cá – é que, independentemente das dúvidas que possam levantar-se em relação ao que é tão axiomaticamente garantido, alguns indicadores de referência contextualizam devidamente a questão: por um lado, a comparação dos níveis de salário mínimo evidencia que o português é, ainda hoje, inferior a 40% do irlandês (e também, aliás, pouco superior a 80% do grego); por outro lado, a comparação dos valores médios de rendimento bruto e de pensão evidencia que os portugueses se situam ambos abaixo de 50% dos irlandeses (e em 78% e 45% dos gregos, respetivamente). Está claro?

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