sexta-feira, 1 de novembro de 2013

ESTÍMULO? QUAL ESTÍMULO?



Continuo no registo da economia americana, pois muito está em jogo no debate sempre aberto sobre as orientações da política fiscal e americana americana.
Dois gráficos bastam para compreender como por vezes o debate parece ignorar as evidências.
O primeiro, que abre este post, capteio-o na leitura diária do Financial Times e mostra o que o jornalista Cardiff Garcia designa de o “colapso da despesa pública americana em infraestruturas”, incluindo aqui os governos locais. A economia americana avança para uma séria degradação da despesa pública em infraestruturas (sem defesa nacional). E não se trata de algo muito recente, embora a partir de 2010 os valores caiam a pique.

O segundo, trazido por Bradford DeLong, mostra como em relação aos valores anteriores à crise de 2008 a despesa pública em geral tem mantido um desvio negativo sistemático em relação ao referencial do pré-crise. O gráfico evidencia bem como a governação de Obama tem estado manietada presa na armadilha da ameaça do “default” americano, prolongando na prática a timidez da recuperação da economia americana.
Estímulo fiscal? Mas qual estímulo?
Vale a pena seguir a conferência do próprio DeLong no Oregon Forum de 2013 sobre os cenários que se abrem, neste contexto, à economia americana.

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