Inaugurações esta semana e abertura ao público hoje de duas exposições (ambas em parceria, com o Reina Sofia de Madrid e o Hangar Bicocca de Milão e com o Museu de Arte Contemporânea de Barcelona e o Jeu de Paume de Paris, respetivamente) a não perder em Serralves – a do artista plástico brasileiro Cildo Meireles e a da fotógrafa palestiniana Ahlam Shibli (“Phantom House”) –, na última das realizações em joint-venture entre a programação do ex-diretor artístico João Fernandes e a execução da atual diretora Suzanne Cotter (a expectativa é grande para o início da programação a solo por parte desta, em 2014).
Resulta muito conseguido o contraste entre a experiência sensorial resultante das enormes, sumamente inventivas e surpreendentes instalações de Cildo (destaque para “Marulho” ou “The Surge of the Sea”, entre imensas outras bem ilustrativas de que, como sublinha o próprio autor, a memória é mesmo o melhor lugar para guardar uma obra de arte) e o duro confronto com a realidade resultante da interventiva e chocante mostra de nove séries fotográficas de Ahlam.
Ah, e uma nota final nada despicienda: a CMP esteve lá, na primeira noite através da presença de Rui Moreira e na segunda representada pelo vereador da Cultura, Paulo Cunha e Silva. Também apreciei sinceramente testemunhar o entusiasmo de que este parece tão genuinamente animado...
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