Sábado com amigos nativos de Guimarães e mais uma
oportunidade para medir o pulso a uma cidade e às suas dinâmicas depois da
Capital Europeia.
Como sempre e apesar da chuva miudinha dei largas
à minha metodologia preferida de observador-visitante-acidental, olhando a
Cidade e o seu centro histórico naquela perspetiva de “flâneur” que tanto me agrada no contacto com o urbano.
Bastantes turistas, essencialmente espanhóis e
asiáticos, percorriam as atmosferas do centro histórico, pena que a irritante
chuva miudinha tivesse tornado as esplanadas praticamente desertas.
Num breve percurso pelo Toural, não pude deixar
de anotar que, na esmagadora maioria dos cafés da praça, “eles” dominavam as
esquinas e as mesas, em amenas cavaqueiras, praticamente sem “elas” a dar algum
colorido feminino aquelas atmosferas e a densificar, enriquecendo, as amenas
cavaqueiras. “Elas” estariam provavelmente a cozinhar, a passar a roupa que
espera o fim-de-semana para voltar a ser utilizada, a tratar da casa. E isso
significa que a urbanidade está para além de qualquer renovação do património,
por mais excelente e arrojada que seja.
No Toural renovado senti ainda a velha sociedade
rural, já transformada, levemente arejada, mas ainda presente.
Em contrapartida, o Guimarães Jazz está aí
pujante, como grande símbolo da urbanidade cultural da Cidade, sem que este
atarefado consultor arranje tempo para dele desfrutar.
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