(European Pressphoto
Agency e Bas van der Schot, http://www.volkskrant.nl)
(Cost,
http://www.presseurop.eu/pt)
O acordo recém-anunciado entre a francesa Marine Le Pen (Front National) e o holandês Geert Wilders (PVV, Partido pela Liberdade) sinaliza um passo adicional na preocupante escalada dos partidos radicais de extrema-direita na Europa. Tanto mais quanto os seus dois partidos lideram as intenções de voto nos respetivos países (24% em França e 21% na Holanda).
Após vários sucessos pontuais nas urnas – de que a segunda volta do pai Le Pen frente a Chirac nas presidenciais francesas de 2002 terá sido o momento inaugural e de maior destaque –, evidências de renovada força eleitoral e/ou social – casos da direita antieuropeia polaca (17,1% em 2011), do austríaco “Partido da Liberdade” (20,5% em 2013), dos “Autênticos Finlandeses” (9,4% em 2012) ou dos gregos da “Aurora Dourada” (7% em 2012), para só referir algumas situações mais notórias e não esquecendo o Partido para a Independência do Reino Unido (UKIP) de Nigel Farage e a Liga do Norte italiana (que já detêm peso específico nos seus países e são os grandes animadores de um grupo político no Parlamento Europeu, “Europa da Liberdade e da Democracia”) – e sondagens prometendo vários ganhos altamente reforçados em próximos atos eleitorais, a estratégia torna-se cada vez mais clara: uma campanha demolidora em torno dos seus temas recorrentes (combate em nome da defesa do emprego nacional, populista e xenófobo à imigração mais exibições múltiplas de antieuropeísmo primário) e aposta na obtenção de um forte e coordenado peso no próximo Parlamento Europeu (fala-se de um objetivo de minoria de bloqueio estimado em 100 a 150 eurodeputados) – uma machadada que o já tão debilitado projeto europeu dispensaria de bom grado, mas que poderá tornar-se ainda bem mais gravosa se vier a adquirir uma expressão que lhe permita revelar-se como a antecâmara de algo que transcenda a luta política institucionalizada.
A reprodução abaixo de um mapa europeu da extrema-direita (elaborado e divulgado pelo “El País” - clicar sobre a imagem para melhor visualização) contribuirá seguramente para uma elucidação mais cabal do perigo colossal que nos vai cercando…
Após vários sucessos pontuais nas urnas – de que a segunda volta do pai Le Pen frente a Chirac nas presidenciais francesas de 2002 terá sido o momento inaugural e de maior destaque –, evidências de renovada força eleitoral e/ou social – casos da direita antieuropeia polaca (17,1% em 2011), do austríaco “Partido da Liberdade” (20,5% em 2013), dos “Autênticos Finlandeses” (9,4% em 2012) ou dos gregos da “Aurora Dourada” (7% em 2012), para só referir algumas situações mais notórias e não esquecendo o Partido para a Independência do Reino Unido (UKIP) de Nigel Farage e a Liga do Norte italiana (que já detêm peso específico nos seus países e são os grandes animadores de um grupo político no Parlamento Europeu, “Europa da Liberdade e da Democracia”) – e sondagens prometendo vários ganhos altamente reforçados em próximos atos eleitorais, a estratégia torna-se cada vez mais clara: uma campanha demolidora em torno dos seus temas recorrentes (combate em nome da defesa do emprego nacional, populista e xenófobo à imigração mais exibições múltiplas de antieuropeísmo primário) e aposta na obtenção de um forte e coordenado peso no próximo Parlamento Europeu (fala-se de um objetivo de minoria de bloqueio estimado em 100 a 150 eurodeputados) – uma machadada que o já tão debilitado projeto europeu dispensaria de bom grado, mas que poderá tornar-se ainda bem mais gravosa se vier a adquirir uma expressão que lhe permita revelar-se como a antecâmara de algo que transcenda a luta política institucionalizada.
A reprodução abaixo de um mapa europeu da extrema-direita (elaborado e divulgado pelo “El País” - clicar sobre a imagem para melhor visualização) contribuirá seguramente para uma elucidação mais cabal do perigo colossal que nos vai cercando…
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