À medida que a crise europeia se vai germanicamente perpetuando e que a crise portuguesa se vai irremediavelmente aprofundando – cantigas à parte! –, um fenómeno acelera nas periferias não emergentes: a manifestação cada vez mais evidente das chamadas “contradições secundárias” (ou, se calhar com mais propriedade, até “terciárias” ou “quaternárias”).
Tais contradições – a nunca confundir com as maoístas “contradições no seio do povo” – são a consequência inelutável das terríveis realidades que aquelas crises despoletaram, desde o encolhimento dos excedentes captáveis por muitos sectores e franjas económica e financeiramente dominantes à escala mundial até à perda relativa da Europa enquanto espaço de expressão e valorização de interesses. Daí às lutas fratricidas entre os dependentes e marginais pelas migalhas sobrantes vai necessariamente um muito pequeno passo…
A sucessão de novelas e historietas que a comunicação social tem vindo crescentemente a ecoar, seja com epicentro na família Espírito Santo seja contando com a participação relevante e ativa de alguns dos seus principais membros, será talvez o exemplo mais paradigmático do que a respeito toca em sorte a esta nossa ocidental paragem.
Em épocas mais prósperas (ou ilusórias?), os “Espíritos” chegaram a confundir-se com um regime que se apresentava sólido e proporcionador de resultados que se viam (com o imprescindível contributo da PT e dos diamantes). Depois, tiveram de se ir indo os anéis ao mesmo tempo que vinham ao de cima alguns casos menos claros (Álvaro Sobrinho, suspeições judiciais múltiplas, adesão ao RERT) e certas engenharias societárias (o caso da família Queiroz Pereira, abaixo explicado numa infografia do “Expresso”, é uma boa ilustração). Agora, e em girândola aparentemente final, o problema parece mudar de natureza e passar para o palco íntimo dos egos e da sucessão.
A vida dos negócios está difícil para todos, mas a coisa abusa de preta para o lado dos comissionistas e subcontratados…
Tais contradições – a nunca confundir com as maoístas “contradições no seio do povo” – são a consequência inelutável das terríveis realidades que aquelas crises despoletaram, desde o encolhimento dos excedentes captáveis por muitos sectores e franjas económica e financeiramente dominantes à escala mundial até à perda relativa da Europa enquanto espaço de expressão e valorização de interesses. Daí às lutas fratricidas entre os dependentes e marginais pelas migalhas sobrantes vai necessariamente um muito pequeno passo…
A sucessão de novelas e historietas que a comunicação social tem vindo crescentemente a ecoar, seja com epicentro na família Espírito Santo seja contando com a participação relevante e ativa de alguns dos seus principais membros, será talvez o exemplo mais paradigmático do que a respeito toca em sorte a esta nossa ocidental paragem.
Em épocas mais prósperas (ou ilusórias?), os “Espíritos” chegaram a confundir-se com um regime que se apresentava sólido e proporcionador de resultados que se viam (com o imprescindível contributo da PT e dos diamantes). Depois, tiveram de se ir indo os anéis ao mesmo tempo que vinham ao de cima alguns casos menos claros (Álvaro Sobrinho, suspeições judiciais múltiplas, adesão ao RERT) e certas engenharias societárias (o caso da família Queiroz Pereira, abaixo explicado numa infografia do “Expresso”, é uma boa ilustração). Agora, e em girândola aparentemente final, o problema parece mudar de natureza e passar para o palco íntimo dos egos e da sucessão.
A vida dos negócios está difícil para todos, mas a coisa abusa de preta para o lado dos comissionistas e subcontratados…
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