Na semana agora terminada soubemos em definitivo que a Irlanda e a Espanha, ambas em vias de finalizarem os seus diferentes programas de ajustamento, iriam renunciar a qualquer apoio suplementar para concretizarem o acesso aos mercados de que já não há bicho-careta que não fale por essa Europa periférica adiante.
Enquanto isso, e por cá, persiste o ilusionismo dos vendilhões que nos desgovernam. Alheios a que aquelas renúncias apenas se tornaram possíveis porque um dos países definiu uma estratégia para negociação de condições com a Troika e duramente lutou por ela e porque o outro dos países definiu uma estratégia de evitar o resgate formal (atacando o indisfarçável problema do sector financeiro e empurrando muito do resto com a barriga) e duramente lutou por ela, Passos, Portas e Albuquerque prosseguem a sua navegação à vista declarando quotidianamente o que for soando melhor aos seus marketeers e independentemente de terem de se vir a desdizer mais tarde ou mais cedo (porque entendem profundamente que o povo é estúpido e que eles sempre lhe saberão dar as devidas e necessárias voltas).
Vejamos mais em concreto: Passos sentiu-se inspirado (“Não há razão para nós não podermos desejar o mesmo [regressar de forma autónoma aos mercados no final do período de ajustamento]”), Portas ficou incumbido do sermão moralista e patriótico (“O que a Irlanda prova é que um país com coesão e com sentido de nação consegue superar as dificuldades”) e Albuquerque decretou que nada é impossível (“Eu acho que neste momento não faz sentido descartar essa possibilidade [de Portugal seguir o exemplo irlandês]”).
Enquanto isso, e por cá, persiste o ilusionismo dos vendilhões que nos desgovernam. Alheios a que aquelas renúncias apenas se tornaram possíveis porque um dos países definiu uma estratégia para negociação de condições com a Troika e duramente lutou por ela e porque o outro dos países definiu uma estratégia de evitar o resgate formal (atacando o indisfarçável problema do sector financeiro e empurrando muito do resto com a barriga) e duramente lutou por ela, Passos, Portas e Albuquerque prosseguem a sua navegação à vista declarando quotidianamente o que for soando melhor aos seus marketeers e independentemente de terem de se vir a desdizer mais tarde ou mais cedo (porque entendem profundamente que o povo é estúpido e que eles sempre lhe saberão dar as devidas e necessárias voltas).
Vejamos mais em concreto: Passos sentiu-se inspirado (“Não há razão para nós não podermos desejar o mesmo [regressar de forma autónoma aos mercados no final do período de ajustamento]”), Portas ficou incumbido do sermão moralista e patriótico (“O que a Irlanda prova é que um país com coesão e com sentido de nação consegue superar as dificuldades”) e Albuquerque decretou que nada é impossível (“Eu acho que neste momento não faz sentido descartar essa possibilidade [de Portugal seguir o exemplo irlandês]”).
E ainda faltam seis meses para que chegue a noite daquelas flores amarelas das giestas verdes a anunciarem a chegada do mês de maio. Mas com ele não chegará essa tal libertação…
(João
Fazenda, http://visao.sapo.pt)
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