sexta-feira, 18 de abril de 2014

CADA CAVADELA...



Eles não têm parança na sua destemperada inventividade. To say the least. Primeiro foi Albuquerque a explicar que as famosas “poupanças” para 2015, que Marques Mendes jurava irem ascender a 1700 milhões de euros, se ficarão por uns escassos 1400 e se concentrarão largamente nas remanescentes “gorduras” que ainda conseguiram encontrar no aparelho – como titulou o “Jornal de Negócios”, agora será através da reforma do Estado que se reduzirá o défice.

Por uma vez foi judiciosa a reação a quente do PS, na palavra de Eurico Dias: “Então mas o Governo primeiro cortou os salários, aumentou os impostos e agora é que vai cortar nos consumos dos ministérios e na consultoria? Isto é politicamente inqualificável. A não ser que mais uma vez estes consumos e estes cortes nos ministérios sejam outra coisa que o Governo não nos diz hoje.”

Mas logo nessa mesma noite veio mais, com a entrevista de Passos e o orgulhoso sublinhado por parte deste do ajustamento por si promovido na máquina do Estado, consubstanciado nuns 1,6 mil milhões de euros “poupados” em consumos intermédios desde 2010. Só que o “Jornal de Negócios” de hoje já veio desmascarar mais esta “imprecisão”, explicando que mais de metade daquele valor proveio do desaparecimento automático da despesa irrepetível contabilizada em 2010 relativamente aos queridos submarinos de Portas, o “Arpão” e o “Tridente”. Esta gente não tem limites na compulsividade da mentira?

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