quinta-feira, 10 de abril de 2014

SERÁ POSSÍVEL ESCUTAR A PERDA DE PODER DE COMPRA?



A vinheta de Erlich, hoje no El País, vem a preceito para registar para memória futura que, na semana que vem, mais propriamente a partir de 17 de abril, mais um grupo de pensionistas verá o seu rendimento disponível reduzido com a aplicação da CES a escalões mais baixos de pensões.
E não chega a oscilação permanente do governo, já em modo de atuação claramente eleitoral, anunciando que afinal os aumentos da taxa de comparticipação para a ADSE já não serão concretizados em 2015, para dourar a pílula de que o país está diferente, embora uma franja muito larga da sua população o não esteja. Cá para mim a maioria vai enredar-se na sua própria gestão de expectativas, claramente não-alinhadas entre os palradores PSD e PP. O governo e a maioria parecem ter subavaliado o lag significativo entre a recuperação macroeconómica (crescimento anémico, contudo) e a descida dos juros de referência e a transmissão desses efeitos sobre as condições de vida e o rendimento disponível dos mais atingidos pela austeridade. Na pressa de chegar ao prato, alguns trambolhões irão acontecer, mesmo sem rasteiras cirúrgicas da oposição.

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