A vinheta de Erlich, hoje no
El País, vem a preceito para registar para memória futura que, na semana que
vem, mais propriamente a partir de 17 de abril, mais um grupo de pensionistas
verá o seu rendimento disponível reduzido com a aplicação da CES a escalões
mais baixos de pensões.
E não chega a oscilação
permanente do governo, já em modo de atuação claramente eleitoral, anunciando
que afinal os aumentos da taxa de comparticipação para a ADSE já não serão
concretizados em 2015, para dourar a pílula de que o país está diferente,
embora uma franja muito larga da sua população o não esteja. Cá para mim a
maioria vai enredar-se na sua própria gestão de expectativas, claramente não-alinhadas
entre os palradores PSD e PP. O governo e a maioria parecem ter subavaliado o lag significativo entre a recuperação
macroeconómica (crescimento anémico, contudo) e a descida dos juros de
referência e a transmissão desses efeitos sobre as condições de vida e o
rendimento disponível dos mais atingidos pela austeridade. Na pressa de chegar
ao prato, alguns trambolhões irão acontecer, mesmo sem rasteiras cirúrgicas da oposição.
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