Passos, março de 2013, no Parlamento – “Quando um país enfrenta um nível elevado de desemprego, a medida mais sensata que se pode tomar é exatamente a oposta [diminuir o salário mínimo]. Foi isso que a Irlanda fez no início do seu programa.” e “Não deixaremos em sede de concertação social de discutir o aumento do salário mínimo nacional levado pelos aumentos de produtividade, numa altura em que o país esteja em condições de estar a ultrapassar, a dobrar o nível de atividade, que nesta altura ainda é recessivo e que nós queremos inverter para recuperação.” – e em Haia – “Eu afirmei ontem, no Parlamento, que um país que tem uma elevada taxa de desemprego não pode criar mais obstáculos à criação de emprego. Elevar, nesta altura, o salário mínimo nacional em Portugal seria criar um sobrecusto para as empresas e, portanto, criar mais uma barreira para o emprego.”
Coelho, abril de 2014, em Albufeira (Congresso dos TSD): “Digo hoje perante o país que o Governo está disponível para aprofundar o esforço de concertação (...), de modo a trazer para cima da mesa a discussão da melhoria do salário mínimo nacional e a revisão do que tem a ver com as condições da negociação colectiva.”
Põe-se-me uma pergunta estúpida: alguém deu por termos dobrado o nível de atividade, aumentado a produtividade ou diminuído o desemprego a ponto de um aumento do salário mínimo nacional deixar de criar dificuldades às empresas e ao emprego? Ou...
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