São broncas e desabridas as dimensões de autoconvencimento e descaramento renovadamente patenteadas nas últimas declarações públicas dessa pequenina mas sempre tesa figura da nossa democracia que gosta de usar MAC por cognome.
Por um lado, o pequenote – interessante como o PSD não cessa de insistir num primado de pequenos seres, do arrebitado e malcriado Marques Mendes de tempos idos ao douto e esverdeado Moreira da Silva deste governo! – não teve papas na língua nem quaisquer problemas de afirmação quando cresceu para o indiano e o pôs no devido sítio nestes termos exatos: “É sabido que eu tenho há muito tempo uma divergência latente com muitas das posições do FMI. Discordo frontalmente dessa opinião do FMI sobre o salário mínimo.” – muito boa MAC, quem sabe, sabe e prontos!
Por outro lado, o espigadote – estranho como o PSD tanto gosta de escolher uma malta espertalhaça para falar em seu nome! – mandou às malvas o memorando e os compromissos governamentais quando cresceu para o maior partido da oposição e o remeteu à sua real insignificância nestes exatos termos: “Antes das eleições autárquicas, o PS berrou que as repartições de finanças iam fechar, e não fecharam. Agora berra outra vez, antes das eleições europeias. Eu adivinho que vão passar as europeias e não vão fechar.” – muito boa MAC, dá-lhes, é de homem!
Se o tempo não fosse um bem cada vez mais escasso, ainda um dia haveria de gostar de recolher os remates ao lado da verdade e os pontapés na gramática do conhecimento que vêm marcando a passagem desta risível figurinha pela vice-presidência do PSD. Com o invariável mérito de nunca se rir de si próprio – ou será que a criatura se leva mesmo a sério?
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