Consultando os factos
verifico que, segundo o meu colega de blogue, Francisco Assis terá estado no Jantar
da Liberdade do PS em Ourém e que até Sigmar Gabriel (SPD) o terá aplaudido
pelo seu discurso. Como o jantar teve lugar no dia 24 de abril, nada o impedia
de estar presente no Estádio das Antas, domingo às 18 horas, para o
Porto-Benfica. Num relance de câmara furtiva, Assis apareceu com cara de
comprometido à direita de Pinto da Costa, não propriamente com cara de melão,
mas com um ar abatido. E aqui começou a minha divagação. Será que o homem é
portista, e está no seu direito e o passado do clube bem o enobrece, e o
desenrolar do jogo não dava para um rosto efusivo? Será que o homem é do
Benfica e estava intimidado com a estratégia defensiva de Jesus? Será que o
homem respondeu a um simples convite e gentilmente acedeu em partilhar a
direita do Presidente, oferecendo-lhe solidariedade num momento difícil? Será
que estava simplesmente em campanha? Qualquer que seja o estatuto e todos são
legítimos, não há dúvida que a pontaria de Assis é sublime. Não será certamente
por esta falta de pontaria, mas Assis é seguramente daqueles políticos
cultos, coerentes e consistentes, amado pelos que se encantam com um bloco central à força ou
premeditado, mas a quem faltará aquela chama que arrebata e entusiasma os que
simplesmente votam em quem depositam a sua confiança. Mistérios da democracia.
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