segunda-feira, 14 de abril de 2014

ECONOMIA E GESTÃO, AQUI E AGORA


  
Sou um economista de formação que começou por exercer a profissão estudando, investigando e ensinando matérias nucleares da Ciência Económica. Foi esse o tempo em que aprendi a compreender e valorizar a dimensão social dos fenómenos económicos sem deixar de procurar conhecer e reconhecer os chamados “fundamentais” supostamente subjacentes aos mesmos.

Mais tarde, as vicissitudes da vida levaram-me a fazer um certo shift para a prática empresarial e ganhei então gosto por aprofundar alguns temas centrais da Gestão. Foi esse o tempo em que tanto ouvi, li e vi sobre a insolúvel e cíclica polémica em torno das (des)vantagens da concentração no core business relativamente a uma aposta na diversificação de negócios.

Pois mal podia eu imaginar até que ponto este meu país de origem me iria proporcionar, já no outono da carreira, uma observação concreta e dolorosa, quer dos fundamentais quer da diversificação, na plenitude da sua ação. Por um lado, uma economia que todos os dias nos exibem como dotada de bons e cada vez melhores fundamentais, mas que não consegue integrar o problema daqueles que não ganham o suficiente para sobreviver. Por outro lado, uma gestão correndo atrás de uma ordem pela diversificação, mas que se limita a poder escolher entre a fome e a falta de habitação. Dura realidade!

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