Volto ainda à austeridade libertadora que a Troika nos trouxe e tão maravilhosamente orquestrou com a embevecida permissão dos dois maestros residentes, Passos e Portas. Sendo que as participações mais salientes nas várias classes de instrumentos foram as seguintes: Gaspar e Albuquerque como primeiros violinos, tendo também Moedas e Pires como preponderantes a nível das cordas; Maduro e Guedes à frente da percussão, um no trombone e outro nos bombos; Montenegro, Magalhães e Marco nas madeiras, aquele na flauta, o segundo no clarinete e este no clarinete baixo; Núncio, Trindade, Monteiro e Rosalino nos metais, com destaque para o trompete da fatura da sorte, o trombone das rendas energéticas, a trompa das infraestruturas e a tuba do funcionalismo público; Lomba e Maçães nas teclas, pianinhos e apenas a espaços. Alguns, poucos, figurantes governativos lograram fugir da desafinação geral e contribuíram com uns apropriados acordes de harpa, mas a maioria dos restantes funcionou essencialmente como idiota útil e limitou-se ao uso dos ferrinhos, elemento habitualmente ausente deste género musical mas aqui tornado indispensável para garantir um toque folclórico que o limitado virtuosismo de Branquinho e Cesário não conseguia cumprir na íntegra.
Os gráficos abaixo completam o que já aqui reproduzi a partir do “Expresso” em post de 31 de março e resultam, é justo sublinhá-lo, do trabalho do jornalista do “Público” Sérgio Aníbal, discreto mas de grande competência e eficácia. Como pode confirmar-se, uma sinfonia de cortes e de choques fiscais verdadeiramente espetaculosa e plena de autenticidade no seu invariável incumprimento das metas estabelecidas, integrando dois andamentos iniciais (langsam e poco sustenuto) que culminam num terceiro (allegro maestoso à primeira vista, mas realmente apenas quasi allegretto) e deixam no ar um quarto (andante doloroso) ainda por completar. Como escreveu Pedro Santos Guerreiro no seu último artigo no “Expresso”: “O Governo pode achar que é mau feitio mas se insistir em ver no regresso aos mercados o sucesso da sua política, não estará a mentir aos portugueses, estará a mentir a si mesmo. Porque isto não acaba aqui. Antes acabasse.” E o ingénuo presidente do Eurogrupo já começou hoje a avisar a malta...
Os gráficos abaixo completam o que já aqui reproduzi a partir do “Expresso” em post de 31 de março e resultam, é justo sublinhá-lo, do trabalho do jornalista do “Público” Sérgio Aníbal, discreto mas de grande competência e eficácia. Como pode confirmar-se, uma sinfonia de cortes e de choques fiscais verdadeiramente espetaculosa e plena de autenticidade no seu invariável incumprimento das metas estabelecidas, integrando dois andamentos iniciais (langsam e poco sustenuto) que culminam num terceiro (allegro maestoso à primeira vista, mas realmente apenas quasi allegretto) e deixam no ar um quarto (andante doloroso) ainda por completar. Como escreveu Pedro Santos Guerreiro no seu último artigo no “Expresso”: “O Governo pode achar que é mau feitio mas se insistir em ver no regresso aos mercados o sucesso da sua política, não estará a mentir aos portugueses, estará a mentir a si mesmo. Porque isto não acaba aqui. Antes acabasse.” E o ingénuo presidente do Eurogrupo já começou hoje a avisar a malta...
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