O meu grupo de amigos cineclubistas que já aqui referi algumas vezes, a pretexto disto e daquilo, encontrou uma forma original de passar o sempre aborrecido dia eleitoral: um passeio pela Cidade devidamente guiado por um grande conhecedor da mesma e da sua história, Joel Cleto, e culminando com um magnífico “cozido à portuguesa” num dos já tornados restaurantes incontornáveis do Porto, a Casa Nanda. Um programa altamente recomendável!
Às agradáveis condições atmosféricas e à qualidade da companhia juntaram-se especialmente vários toques e pormenores instrutivos, a maioria dos quais nem sempre suficientemente divulgados e sublinhados, sobre a identidade portuense – episódios e lendas sobre D. Pedro IV e D. João I, expressões como “fino como o Alho” ou “azar dos Távoras”, evidências da circunvalação da Antiga Muralha e da centralidade da Rua dos Mercadores, curiosidades associadas à intervenção dos Almadas (como, p.e., a ligação entre as Cardosas e a Rua da Fábrica) ou os laços dissonantes entre o dragão e o salazarismo. E só me ia ocorrendo em crescendo uma frase de Eurico de Melo sobre o seu partido que ficou famosa, como é óbvio devidamente adaptada às condições concretas, assim: “Que linda é a minha Cidade!”...
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