terça-feira, 27 de maio de 2014

SORRY, I WON’T BE BACK



A democracia tem o seu fascínio. Fui fiel à minha visão do mundo e do país, votei PS, depois de alguma hesitação, confesso, mas estou hoje de consciência tranquila, pois o meu dilema era contribuir para a eleição do nono deputado. Ora talvez o fenómeno Marinho Pinto tenha resolvido o problema.
O I’ll be back foi temporariamente substituído pelo I won’t be back, talvez temporariamente. Há sempre a hipótese de alguém da lista de 8 deputados poder assumir um lugar na governação (e há seguramente casos óbvios dessa possibilidade), pelo que o candidato a nono deputado e o seu patrono esperarão essa possibilidade. Mas a tarefa será difícil e alguma maioria já aguça o apetite para um eleitoralismo soft que ajude a apagar as mágoas dos portugueses e a reduzir a diferença. Mas na hipótese de uma governação PS outras oportunidades de poder se abrirão e talvez a miragem do nono deputado seja substituída por outros apetites.
Quanto ao resto, antecipa-se para a vida interna do PS muita adrenalina. Na minha interpretação, Seguro e Assis foram traídos não pelas projeções, mas claramente pela necessidade de afirmar uma vitória, marcar terreno, vincar a diferença. Na prática foram traídos pela sua inferioridade intrínseca. Se a não tivessem internalizado, teriam a postura sensata de celebrar vitória, reconhecer a reduzida diferença e afirmar vontade de trabalhar para conquistar uma parte considerável dos votos à esquerda e de protesto out of the system. Mas não, optaram pelo triunfalismo e com isso cavaram ainda mais o afastamento em relação aos votantes à sua esquerda.
Mas que lio.

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