segunda-feira, 19 de maio de 2014

BLOODY DAUGHTER



Um zapping de início de noite proporcionou-me no Mezzo um momento de rara intimidade com a minha referência viva no piano, Martha Argerich, que ainda não consegui ver ao vivo e que ficará certamente no universo daquelas coisas que nunca faremos para nossa infelicidade definitiva.
Um momento único proporcionado pelo olhar de Stéphanie Argerich, filha de Martha e de Stephen Kovacevich, um dos três casamentos de Argerich e também um pianista de fina água.
Mas também o reencontro das três filhas de casamentos diferentes de que a imagem do piquenique absolutamente familiar no campo, com as três filhas, Martha e o filho de Lidia Chen, também artista, numa cena familiar de pintura conjunta de unhas de pés. Recuperei no You Tube uma atuação conjunta de Martha e Lidia.
Martha não é uma personalidade fácil e compreendo melhor a sua transformação no piano. O olhar de Stéphanie é tocante, pois mistura a procura da sua própria identidade com a fixação na personalidade da mãe. Um raro momento de intimidade para lá do palco e daquela porta que se abre de acesso ao mesmo.

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