Eu sei bem que este foi o mês de umas eleições europeias que podem ter sido o princípio de uma nova e terminal fase do projeto comunitário às mãos de extremismos vários, perigosos e imprevisíveis. Eu sei bem que este foi o mês de uma eleições europeias que por cá significaram a derrota da traição, o repúdio do sistema e a recusa da alternativa, abrindo um processo no interior do Partido Socialista que poderá ser decisivo para o futuro de Portugal. Mas eu também sei que tende a ser lento o amadurecimento dos fenómenos de largo espectro social e político, pelo que opto por esperar mais um tempo e entretanto caraterizar o grande debate de maio como aquele que se desenvolveu em torno da “saída limpa”. Deixando de lado, por indecente e má figura, o novo 1640 do restaurador Portas, fica a verdadeira interrogação: fomos corridos ao pontapé ou apenas beneficiamos da fingida condescendência dos nossos supervisores?
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