sábado, 10 de maio de 2014

MISTÉRIOS PARA MEMÓRIA FUTURA



Francesco Saraceno, no Sparse Thoughts of a Gloomy European Economist (mas que raio de nome de blogue), faz bem em recordar-nos para memória futura um dos grandes mistérios, senão um grande embuste: em 2007, no pré crise ou Grande Recessão de 2007-2008, só a Grécia apresentava, face aos critérios de Maastricht um problema de política fiscal e de desgoverno de contas públicas. Até Portugal se encontrava perfeitamente ancorado pelas balizas de Maastricht.
Quer isto significar que algo se terá passado entre o momento em que tais valores são registados e o que documenta a subida galopante da dívida. Alguém de bom senso acredita que tal inversão se deve exclusivamente a fatores internos a essas economias?
Ora, apesar disso, o primado da crise fiscal é apresentada como um dogma não discutível, como uma espécie de revelação divina que se impõe à perceção dos crentes.

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