São muito aleatórias, embora não necessariamente ao calhas, as referências que aqui faço a Bruno Nogueira e ao seu “Tubo de Ensaio” na TSF. Porque dependem da hora a que me levanto, das minhas deslocações de automóvel de início ou fim de dia, da conjuntura noticiosa e política, da disposição pessoal que me leva a preferir aquela estação, a “Smooth”, a “Nostalgia” ou a “Comercial” e de uma série de pequenas outras determinantes. E como nem sempre ouço aqueles breves minutos de humor e só posso citar o que conheço, não primo por um grande rigor seletivo, embora também me pareça um facto que algumas menções avulsas bastem para pôr em evidência o talento autoral que por ali vai passando.
Na semana transata, e a propósito das diabruras associadas ao DEO, Bruno fez-se a Passos – “Bem tinha dito o nosso primeiro-ministro que os impostos não iam aumentar. Eu acho que tinha si bem pensado aproveitar que o Passos Coelho estava na Ovibeja e ligar-lhe uma máquina de ordenha aos testículos durante o resto do dia. Calibravam-lhe os testículos durante dez horas pra ver se ele ficava com voz de castrato. Parecendo que não, mentir com voz fininha não causa tanta mossa. Se o primeiro-ministro tivesse a voz do Nuno Guerreiro, sempre tinha desculpa para justificar o não levantar a voz com a Troika e aquele sorrisinho de cágado.” – e a Albuquerque – “A Maria Luís ainda há quinze dias dizia que ‘aumentar impostos, nem pensar’. E tumba, aumentou o IVA e a TSU. E ela continua a ir à rua e a fazer as coisas dela, e está tudo bem e passa o dia... Bom, não caiu para a frente com o peso do nariz ou para trás com o peso da vergonha, nada! Está ali como se tivesse dado a palavra de honra a uma bomba para encher pneus. Há aqui um lado vingativo: ela trata-nos a todos como se fôssemos loiras. Ressabiada é o que ela é. Nunca gostei de percetoras austríacas.”
Que a mão nunca te doa, Bruno, porque com gente desta estirpe só se perdem as que caem no chão...
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