Ainda o Chipre, agora após o acordo
alcançado na noite passada. Com os franceses a salientarem o resgate que
amedronta os bancos, os ingleses a sublinharem que a Zona Euro desloca o fardo
do risco dos contribuintes para os investidores, os alemães a exibirem a sua
arrogância (“o anão está salvo”) e a ministrarem a sua abençoada extrema-unção
à união monetária europeia (“o gigante treme” e “oficialmente
temos um euro mas, de facto, há 17 euros diferentes”) e os espanhóis a
realçarem que o presidente do Eurogrupo alarga o pânico aos depósitos.
Com efeito – qual elefante
numa loja de cristais! –, o “cínico e inimputável” Dijsselbloem acrescentou
mais um detalhe ao assombroso rol de incompetências e inconsciências que têm
marcado a política europeia ao longo desta crise da dívida soberana. Verdadeiramente
sábia, a sua ideia de uma “via cipriota” aplicável a outros resgates…
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