terça-feira, 26 de março de 2013

DIJSSELBLOEM, OS “ANÕES” E OS OUTROS


Ainda o Chipre, agora após o acordo alcançado na noite passada. Com os franceses a salientarem o resgate que amedronta os bancos, os ingleses a sublinharem que a Zona Euro desloca o fardo do risco dos contribuintes para os investidores, os alemães a exibirem a sua arrogância (“o anão está salvo”) e a ministrarem a sua abençoada extrema-unção à união monetária europeia (“o gigante treme” e “oficialmente temos um euro mas, de facto, há 17 euros diferentes”) e os espanhóis a realçarem que o presidente do Eurogrupo alarga o pânico aos depósitos.
 
Com efeito – qual elefante numa loja de cristais! –, o “cínico e inimputável” Dijsselbloem acrescentou mais um detalhe ao assombroso rol de incompetências e inconsciências que têm marcado a política europeia ao longo desta crise da dívida soberana. Verdadeiramente sábia, a sua ideia de uma “via cipriota” aplicável a outros resgates…
 
(Bernardo Erlich, http://elpais.com)

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