Aos 50 anos, José Mourinho já é um
“velho sábio”. Não me refiro tanto à proficiência com que manietou o
insuperável Barça em duas semanas seguidas, sobretudo na segunda mão das
meias-finais da Taça e após um empate caseiro, mas bem mais ao modo
estudadamente grandioso com que saiu de Manchester após eliminar o United da Champions.
Mourinho tem claros os tempos da história,
para a qual passará o resultado de Terça-Feira e a subsequente presença do Real
Madrid nos quartos-de-final. Pôde pois, sem qualquer rebuço, marcar pontos
locais ao declarar que o adversário foi mais forte. Não sem antes chamar sobre
si as atenções ao ir cumprimentar Ferguson ao banco, ainda com o jogo por
terminar. E passar depois impavidamente ao lado das queixas arbitrais deste, certo
de que outros – como Colina quanto à expulsão de Nani – as viriam entretanto moderar.
Mourinho não é um mero português com
sucesso internacional num momento deprimente e traumático para a condição
lusitana. Mourinho é sim, e a muitos títulos, um verdadeiro case study…
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