domingo, 10 de março de 2013

O VOLUME DE MOU


Aos 50 anos, José Mourinho já é um “velho sábio”. Não me refiro tanto à proficiência com que manietou o insuperável Barça em duas semanas seguidas, sobretudo na segunda mão das meias-finais da Taça e após um empate caseiro, mas bem mais ao modo estudadamente grandioso com que saiu de Manchester após eliminar o United da Champions.
 
Mourinho tem claros os tempos da história, para a qual passará o resultado de Terça-Feira e a subsequente presença do Real Madrid nos quartos-de-final. Pôde pois, sem qualquer rebuço, marcar pontos locais ao declarar que o adversário foi mais forte. Não sem antes chamar sobre si as atenções ao ir cumprimentar Ferguson ao banco, ainda com o jogo por terminar. E passar depois impavidamente ao lado das queixas arbitrais deste, certo de que outros – como Colina quanto à expulsão de Nani – as viriam entretanto moderar.
 
Mourinho não é um mero português com sucesso internacional num momento deprimente e traumático para a condição lusitana. Mourinho é sim, e a muitos títulos, um verdadeiro case study

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