sexta-feira, 22 de março de 2013

“CONTAS DE CHEGAR”


Pouco a pouco, lá vamos tendo acesso a novos dados sobre o caso de Chipre. Aqueles que ajudam a melhor elucidar um verdadeiro caso especial mas também aqueles que era suposto a Comissão Europeia e o Eurogrupo conhecerem…
 
Reporto-me, desta vez, a uma investigação e correlativos cálculos proveniente do Barclays e sintetizada pelo diário espanhol “Expansión” nos termos acima apresentados. Que conclui a seguinte coisa extraordinária: 42% dos mais de 68 mil milhões de euros de depósitos sediados naquele país são superiores a 500 mil euros (diz-se que maioritariamente detidos por russos). Ou seja, que apenas 46% dos depósitos correspondem a valores abaixo do limiar dito garantido de 100 mil euros.
 
Vamos, então, às tais “contas de chegar”: bastaria que os crânios reunidos em Bruxelas se tivessem decidido pela isenção destes últimos depositantes e pela aplicação de uma taxa de 14,5% àqueles maiores depositantes para que o resultado obtido pudesse cumprir o requisito, considerado exigível, de sacar 5800 milhões de euros a depositantes cipriotas. Pelos vistos, pior é mesmo possível, sempre!

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