A
consultora internacional PricewaterhouseCoopers
(PwC) acaba de divulgar uma oportuna atualização do seu conhecido estudo de
2006 (“World in 2050”), no qual projetava o crescimento do PIB das 17 maiores
economias do mundo até meados do século. A versão de 2013 (capa acima), mantendo a metodologia de
cálculo baseada nas paridades de poder de compra (leia-se: ajustando as
diferenças de níveis de preços existentes entre os países), passou a incluir um
total acrescido de 24 economias mais representativas.
Três evidências surgem bem refletidas
nas conclusões da PwC: (i) que a crise financeira global parece ter atingido
mais duramente os países do chamado G7 (Estados Unidos, Canadá, Japão,
Alemanha, França, Reino Unido e Itália) do que as economias emergentes; (ii)
que tudo se conjuga para que estas economias venham a crescer mais rapidamente
do que aquelas durante as próximas quatro décadas; (iii) que a dimensão do E7,
i.e. de um conjunto selecionado de 7 grandes economias emergentes (China,
Índia, Brasil, Rússia, Indonésia, México e Turquia), poderá exceder a do G7 até
ao final desta década.
Sem prejuízo da inclusão complementar de
chamadas de atenção para análises de tipo qualitativo – designadamente em
matéria de avaliação dos riscos que possam vir a manifestar-se fazendo perigar
o crescimento dos emergentes ou que possam vir a resultar como implicações deste
sobre o ambiente e os recursos naturais à escala global –, o estudo (ver quadro
abaixo, composto a partir de um trabalho do jornal espanhol “Expansión”) permite
ainda sistematizar algumas curiosidades não negligenciáveis como as seguintes:
(i) que, em 2050, a China será já distanciadamente a maior economia do mundo e
que os Estados Unidos e a Índia ocuparão os restantes lugares do pódio, também
largamente destacados da quarta classificada (Brasil); (ii) que, em 2050, e
além dos BRICs ocupando as seis posições do topo, mais duas economias
emergentes (México e Indonésia) terão ultrapassado o peso de todas as grandes
economias europeias e outras duas (Turquia e Nigéria) estarão já à frente da
Itália; (iii) que outras dinâmicas emergentes ficarão igualmente patentes, com
destaque para os casos mais salientes do Vietname e, em menor medida, da África
do Sul e Malásia.
Mais um de muitos retratos prospetivos de
um mundo em acelerada mudança e em que sobressai, sobretudo visto daqui, o visível
declínio da Região de que somos parte…
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